Aconteceu, na manhã desta quinta-feira (23), no 5º andar do Fórum Cível e Criminal, em Teresina, a audiência de instrução e julgamento de Paulo Alves dos Santos Neto, assassino confesso da cabeleireira Aretha Dantas Claro. O ato teve início às 9h30 e terminou por volta das 13h30.
O juiz Antônio Reis de Jesus Nolêtto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, presidiu a sessão. Benigno Filho é o promotor responsável pelo caso.
Foram ouvidas testemunhas de defesa e de acusação. Paulo Neto esteve presente, mas se reservou no direito de não responder às oito perguntas feitas pelo juiz. Uma miga de Aretha desmaiou após o depoimento.
O promotor Benigno informou que todas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público foram ouvidas: “Todos foram categóricos em saber quem era o autor, falaram da convivência da Aretha com o acusado, o modo agressivo dele. A defesa alega estado de insanidade dele, mas não junta nenhum documento”, afirmou.
- Foto: Facebook/Paulo Alves/Aretha DantasPaulo Alves e Aretha Dantas
“O único defeito que Aretha teve foi se apaixonar por um homem que não soube responder ao amor que ela teve por ele”, declarou o promotor.
Segundo o membro do MP, a defesa tentou desqualificar o trabalho da Polícia Civil: “A defesa rolou a delegada Luana como testemunha para tentar desclassificar o trabalho da Polícia Civil. O que ela demonstrou foi a lisura com o que ele foi feito, todos os levantamentos, os laudos”, relatou.
Após a audiência, o próximo passo são as alegações finais que serão apresentadas pelo Ministério Público e a defesa para depois o juiz decidir se Paulo vai a júri popular ou não.
“Esperamos que o mais rápido possível saía a sentença de pronúncia. Vamos para o Tribunal do Júri e aí sim o Ministério Público espera que o conselho de sentença reconheça Paulo como o autor do crime e o condene”, finalizou.
O crime
Aretha foi encontrada morta com perfurações de arma branca e sinais de atropelamento, na madrugada de 15 de maio, na Avenida Maranhão, zona sul de Teresina. O ex-companheiro dela, Paulo Alves dos Santos Neto, foi considerado o principal suspeito do crime.
Na noite do dia 16 de maio, Paulo se entregou à polícia e confessou a autoria do homicídio.
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