Wanessa Gommes
O juiz de direito Luiz de Moura Correia, da Central de Inquéritos de Teresina, negou pedido de revogação da prisão preventiva de Samuel Lucas Teixeira Araújo, assassino confesso de Gisleide Alves dos Santos. A decisão é desta quarta-feira (06).
A defesa de Samuel alegou que não estão presentes os requisitos da custódia cautelar, vez que não apresenta perigo a ordem pública, uma das principais exigências para a decretação da sua prisão preventiva.
- Foto: Facebook/Gisleide Alves
Gisleide Alves
O Ministério Público emitiu parecer opinando pelo indeferimento do pedido, “aduzindo que o periculum libertatis, é evidente, na medida em que o acusado representa um perigo concreto para a sociedade, visto que demonstrou ser um elemento de alta periculosidade, já que, com frieza, premeditou e executou um crime de violência incomum, atingindo a vítima sem oportunização da defesa desta, o que revela sua personalidade voltada para o crime”.
Consta ainda que a vítima dormia em sua casa, onde morava com o acusado, quando este adentrou o recinto e efetuou três disparos contra ela, que foi atingida por dois deles. Após isso, Gisleide e acusado entraram em luta corporal, momento em que este desferiu 17 golpes de arma branca na vítima, que veio a óbito.
Na decisão, o juiz destacou que as circunstâncias da ação delituosa denotam frieza e periculosidade ofensivas à ordem pública. Por fim, o magistrado destacou que permanecem presentes os motivos ensejadores da prisão preventiva do acusado e que a defesa não apresentou qualquer fato novo capaz de justificar uma decisão contrária manutenção da prisão.
O crime
Gisleide Alves dos Santos, 36 anos, foi encontrada morta dentro de casa, na tarde de 17 de maio deste ano, na Rua Acecita, no Conjunto Santa Fé, zona sul de Teresina.
- Foto: Facebook/Samuel Lucas
Samuel Lucas, acusado de matar Gisleide Alves
Segundo o capitão Gerson Santana, o filho da vítima sentiu falta da mãe e resolveu procurá-la em casa, por volta de 16h. Quando conseguiu entrar no imóvel, que estava fechado, se deparou com ela já morta, sobre a cama.
A vítima e o acusado se conheceram através de rede social. Ele veio de São Paulo e estava há 15 dias em Teresina. Samuel foi preso em flagrante, no dia seguinte, depois que a irmã o entregou à Polícia Militar.
O delegado Barêtta disse que o acusado alegou ciúmes: “Ele disse que matou a mulher porque estava com ciúmes, porque a mulher estava supostamente traindo ele, mas é mentira dele, porque ela conheceu ele tá com uns quatro meses pelas redes sociais”, afirmou.
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