- Foto: Lucas Dias/GP1Policiais do Greco
Os policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) prenderam um advogado identificado como Evilásio Rodrigues de Oliveira Cortez, acusado de tentar fraudar o concurso para agente penitenciário da Secretaria de Justiça do Piauí, realizado nesse final de semana.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu, o advogado foi flagrado com um gabarito no local de aplicação da prova. “Ainda não sabemos se trata do gabarito oficial, mas ele foi preso e as informações sobre a tentativa de fraude estão sendo investigadas pelo Greco”, afirmou Fábio Abreu ao GP1.
Outras três pessoas identificadas como Rayssa Kelly Alexandre de Carvalho, Joanderson Almeida dos Santos e Márcio Morais Rodrigues também foram presas. Ainda de acordo com o secretário Fábio Abreu, a mulher foi detida na companhia do advogado, que já havia sido preso durante a Operação Veritas, por tentar fraudar o concurso do Tribunal de Justiça do Piauí realizado em 20 de dezembro de 2015.
A ação desse domingo teve ainda o apoio da Delegacia Geral, Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí e do Núcleo de Concurso e Promoção de Eventos (NUCEPE).
Entrevista coletiva
Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, afirmou que houve apenas uma tentativa de fraude e que o cronograma do concurso continua. “O concurso segue. Foi uma tentativa de fraude por pessoas isoladas, o certame segue, assim como o cronograma continua normalmente”, declarou.
Segundo o delegado Carlos César, do Greco, houve a prisão de quatro pessoas e que será investigado se há o envolvimento de uma quadrilha interestadual. Sobre os presos, dois foram encontrados com gabaritos idênticos.
“Pode ser uma quadrilha interestadual, mas tudo isso deverá ser investigado. Duas pessoas foram presas por questão de cola em sala de aula e outras duas por apresentarem um esboço idêntico, entre elas está o advogado. Ainda vamos delimitar melhor se outras pessoas estão envolvidas. Três dos presos já foram soltos após pagamento de fiança. No caso do advogado, ele já tinha sido preso anteriormente [no concurso do Tribunal de Justiça] por tentativa de fraude, então se trata de um crime inafiançável para ser tratado pelo delegado de polícia, então nesse momento ele está na Central de Inquéritos onde será decidido pelo juiz se será concedida a fiança”, destacou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Delegado Carlos César
Carlos César afirmou que o advogado se negou a prestar informação. “O advogado usa o seu direito de permanecer em silêncio, normalmente nesse caso não contamos muito com a colaboração deles”, declarou.
O delegado explicou ainda que assim como no concurso do Tribunal de Justiça será feita uma grande investigação, para saber se existem outras pessoas envolvidas. “No caso do TJ foi configurada uma organização criminosa, mas isso só aconteceu após uma ampla investigação, nesse caso ainda estamos no início, não há como saber a gravidade disso. No caso do TJ passamos alguns meses investigando para ter o resultado final. O advogado foi encontrado com um gabarito igual ao de outra pessoa. Matematicamente a Nucepe pode conferir quem apresentou um gabarito igual e a partir disso vamos investigando. Tudo será devidamente apurado”, disse.
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