O delegado Leonardo Portela, chefe da Delegacia Institucional da Superintendência da Polícia Federal no Piauí, em vídeo divulgado pela instituição, explicou como se deu a operação Democracia Pescada, deflagrada na manhã desta quarta-feira (25), que cumpriu mandados de busca e apreensão no município de Barras e Brasília. Entre os alvos estão o prefeito eleito de Barras, Edilson Capote, e seus dois irmãos, Ivanilda Sérvulo e Wilson Sérvulo.
De acordo com o delegado Leonardo Portela, os três são investigados por suspeita de corrupção eleitoral, caixa dois, entre outros crimes. “Essa operação nossa apura que, com a utilização desse dinheiro na compra de apoio político, pode ter sido praticada uma série de crimes eleitorais, como corrupção eleitoral, o crime conhecido como caixa dois, dentre outros”, disse.
Nomes de peixes
Leonardo Portela explicou que o grupo político investigado usava nomes de peixes para nominar os apoios comprados para as eleições que aconteceram no dia 15 de novembro. “Essa operação tem por objetivo investigar compra de apoio político feita por grupo político da cidade de Barras que, por sua vez, denominava os apoios comprados conforme os peixes”, afirmou.
Ainda de acordo com o delegado, os grupos políticos foram divididos em três categorias, de acordo com a relevância de cada apoio. “Peixes de couro, como grupo político mais importante; peixes nobres de escama, o segundo grupo comprado que seria menos importante, mas vindo em sequência; e o grupo comprado menos importante seria as piabas do rabo seco, daí o nome da operação Democracia Pescada”, completou Leonardo Portela.
Operação Democracia Pescada
A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (25) a operação Democracia Pescada contra a prática de crime eleitoral. Ao todo, foramo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sete deles em Barras e um em Brasília-DF.
A operação apura denúncia de corrupção eleitoral contra o grupo político liderado por Edilson Capote, acusado de comprar apoio de pré-candidatos e lideranças políticas na cidade de Barras nas eleições deste ano.
Foram cumpridos mandados nas residências de Edilson Capote, de sua irmã Ivanilda Sérvulo, em Barras e na casa do empresário Wilson Sérvulo, em Brasília.
O nome da operação tem relação com a denominação dada aos grupos em que foram subdivididos os políticos e lideranças compradas.
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