O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado do presidente Michel Temer, entregou a defesa do peemedebista ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Pachêco (PMDB-MG) na tarde desta quarta-feira (05).
Argumentos como a inexistência de provas de corrupção, ausência de conexão com a Lava Jato, falta de autenticidade do áudio da conversa do empresário Joesley Batista com Michel Temer, ilicitude de gravação ambiental no Palácio do Jaburu e um desafio explícito ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para provar em que circunstâncias o presidente teria recebido propinas da JBS, foram usados pela defesa do presidente. Janot denunciou o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de corrupção passiva no caso JBS.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel Temer
É um documento de quase 100 páginas, dividido em 11 capítulos, que busca rebater a acusação formal da Procuradoria-Geral contra o presidente. Os argumentos da defesa serão levados a todos os parlamentares da CCJ. Com a entrega da denúncia, a CCJ terá de até cinco sessões do plenário para discutir e votar um parecer, elaborado pelo deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). O parlamentar foi indicado para a função nesta terça pelo presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).
O ponto central da defesa é um desafio explícito a Janot para que prove em que circunstâncias Temer teria recebido propina de Joesley. Segundo o criminalista, não existe “autenticidade da gravação” da conversa do presidente com o empresário no Jaburu. Para o advogado, o áudio foi editado, versão que é sustentada por Temer desde que o caso veio à tona, na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio. Segundo peritos da Polícia Federal, não houve edição ou adulteração do material.
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