Os Estados Unidos apreenderam o avião presidencial da Venezuela nesta segunda-feira (2), conforme confirmado pelo Departamento de Justiça dos EUA. A ação foi motivada pela violação de sanções impostas à ditadura de Nicolás Maduro e pela compra ilegal da aeronave por meio de uma empresa fantasma.
De acordo com o procurador-geral Merrick Garland, o avião, um Dassault Falcon 900 EX, foi adquirido por US$ 13 milhões e contrabandeado para fora dos EUA para uso de Maduro e seus aliados. A aeronave já havia sido documentada em viagens por São Vicente e Granadinas, Cuba e Brasil, algumas delas com Maduro a bordo.
A apreensão ocorre em meio à pressão internacional sobre Maduro devido à eleição presidencial na Venezuela, cuja vitória foi atribuída a ele sem a apresentação das atas eleitorais. A operação contou com a colaboração da República Dominicana, onde o avião foi inicialmente apreendido antes de ser levado para Fort Lauderdale, na Flórida.
A medida faz parte das sanções impostas pelo governo dos EUA, incluindo a Ordem Executiva 13884 emitida em 2019 pelo então presidente Donald Trump, que proíbe transações com indivíduos ligados ao governo venezuelano. Além disso, o Departamento de Comércio dos EUA impôs controles de exportação para itens destinados a usuários finais militares ou de inteligência militar venezuelanos.
O governo venezuelano ainda não se manifestou sobre a apreensão. Segundo o agente especial Anthony Salisbury, da Homeland Security Investigations (HSI) de Miami, a ação é um esforço conjunto para combater as atividades ilegais do regime de Maduro.
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