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União Europeia pressiona Venezuela e cobra verificação das atas das eleições

O comunicado, assinado pelo representante do alto escalão do bloco, foi divulgado nesse sábado (24).

A União Europeia (UE) voltou a pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para que divulgue as atas das eleições presidenciais, realizadas no dia 28 de julho, e que elas sejam submetidas a uma verificação independente. O comunicado, assinado pelo representante do alto escalão para Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, foi divulgado nesse sábado (24).

Para Borrell, a insistência do órgão eleitoral venezuelano em não comprovar a vitória do ditador Nicolás Maduro no último pleito, é um dos empecilhos que demonstram a falta de transparência no processo eleitoral do país. Por conta disso, o órgão internacional também rejeitou decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), cujo parecer chancelou a vitória de Maduro.


O Conselho Nacional Eleitoral e a Justiça Venezuelana são órgãos subordinados a ditadura de Maduro, fato que levou a União Europeia a questionar a independência de ambas as organizações, composta por funcionários próximos ao regime chavista.

“Só serão aceitos e reconhecidos resultados completos e verificáveis de forma independente, que garantam o respeito à vontade popular do povo venezuelano”, afirmou Josep Borrell.

CNE diz que Maduro ganhou as eleições

Segundo o CNE, o atual líder do regime chavista venceu a disputa contra o opositor, Edmundo González, com 6,4 milhões de votos contra 5,3 milhões. Entretanto, a oposição atesta o contrário, pois mais de 80% das urnas mostram a vitória de González.

Oposição pede que autoridades reconheçam vitória de González

María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, tem usado as redes sociais para fazer um apelo à comunidade internacional, para que reconheça a vitória de Edmundo González. Com isso, ela também pede que o resultado seja reconhecido pelo governo venezuelano.

Ditadura se opõe à pressão da União Europeia

Em resposta ao comunicado de Josep Borrell, a ditadura liderada por Nicolás Maduro afirmou que a ação dos europeus é intervencionista, e acusam o órgão de manter um “desrespeito contínuo” à soberania do país, o que poderia “afetar de maneira considerável as relações diplomáticas, políticas e econômicas”.

Quando mencionam as atas divulgadas pela oposição, as autoridades de Caracas afirmam que os documentos são “forjados”, e em seguida pediu que a União Europeia de abstivesse de emitir comentários sobre assuntos de outros países.

Países pressionam pela divulgação das atas eleitorais

Anterior às declarações da EU, dez países latino-americanos e os Estados Unidos publicaram nota conjunta em que rejeitaram a decisão da Justiça da Venezuela que declarou Maduro vencedor da eleição. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também se manifestou sobre o assunto, e afirmou que “reconhecer como válidos os resultados do CNE com base na sentença do TSJ é validar uma fraude eleitoral”.

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