O governo brasileiro comunicou à Venezuela que não reconhecerá a reeleição de Nicolás Maduro caso as atas de todas as urnas usadas na votação não sejam publicadas. A posição do Brasil é importante, especialmente após a Suprema Corte de Justiça da Venezuela anunciar, neste sábado (10), que iniciou a análise dessas atas, ressaltando que sua decisão será inapelável.
No entanto, há um histórico de interferência do regime chavista no tribunal, que perdeu sua credibilidade ao apoiar a prisão de críticos do governo. Apesar de não emitir juízos sobre as ações da Suprema Corte, o governo brasileiro deixou claro que não aceitará a vitória de Maduro sem a transparência completa das atas.
A diplomacia brasileira destaca que também não pode reconhecer os documentos apresentados pela oposição, já que não são os oficiais. O governo espera que as atas sejam submetidas ao escrutínio público, assim como de organizações internacionais e institutos, tanto da Venezuela quanto de outros países.
O Palácio do Planalto, no entanto, considera "positivo" o fato de a Suprema Corte venezuelana ter anunciado a análise das atas. Essa postura é vista com otimismo por uma razão simples: a análise das atas pela Corte sugere que esses documentos realmente existem, o que poderia permitir uma verificação mais transparente do processo eleitoral.
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