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Maldivas proíbem entrada de israelenses em protesto contra guerra em Gaza

Em 2023, cerca de 11 mil israelenses visitaram as Maldivas, representando 0,6% do total de turistas.

As Maldivas vão proibir a entrada de cidadãos com passaportes israelenses, conforme anunciou o Gabinete do presidente Mohamed Muizzu nesse domingo (02). A medida é um protesto contra a guerra em Gaza e será acompanhada por uma manifestação nacional em “solidariedade à Palestina”.

O governo não especificou quando a nova lei entrará em vigor. No ano passado, cerca de 11 mil israelenses visitaram as Maldivas, representando 0,6% do total de turistas. Muizzu também anunciou uma campanha nacional chamada “Maldivianos em Solidariedade com a Palestina” para arrecadar fundos destinados aos palestinos, com a aplicação dos recursos sendo decidida por um enviado especial.

Localizada no Oceano Índico, as Maldivas formam uma nação islâmica com mais de mil ilhas de coral, conhecida por suas praias de areia branca e águas azul-turquesa, atraindo turistas e celebridades para seu resort de luxo.

Esta não é a primeira vez que turistas israelenses são banidos do país; na década de 1990, uma restrição similar estava em vigor. Em 2010, houve uma tentativa de restabelecer relações com Israel, interrompida após a queda do presidente Mohamed Nasheed em 2012.


Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, partidos da oposição e do governo pressionavam Muizzu a proibir a entrada de israelenses. Dados oficiais mostraram uma queda de 88% no número de visitantes israelenses nos primeiros quatro meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

Em resposta à proibição, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel recomendou que cidadãos israelenses evitassem viajar para as Maldivas e considerassem sair do país por questões de segurança.

A guerra em Gaza começou após um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, resultando na morte de 1.189 pessoas, principalmente civis. Em resposta, a ofensiva de Israel causou a morte de pelo menos 36.439 pessoas em Gaza, também majoritariamente civis, conforme o Ministério da Saúde do território.

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