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Rússia inclui movimento LGBT na lista de grupos terroristas

Decisão ocorre após a Suprema Corte decidir que os ativistas deveriam ser classificados como extremistas.

Na sexta-feira, 22, a Rússia incluiu o “movimento LGBT internacional e suas unidades estruturais” em uma lista de organizações consideradas extremistas e terroristas. Essa lista é mantida pela Rosfinmonitoring, a agência do Serviço Federal de Monitoramento Financeiro do país. Essa agência tem o poder de congelar contas bancárias de indivíduos ou grupos designados como terroristas ou extremistas e também é responsável por combater a lavagem de dinheiro.

Essa decisão foi tomada após a Suprema Corte da Rússia decidir, em novembro, que os ativistas LGBT deveriam ser classificados como extremistas, seguindo uma petição do Ministério da Justiça de Moscou. Atualmente, a lista inclui 14 mil indivíduos e entidades. Entre as organizações listadas estão o grupo terrorista Al-Qaeda e a empresa de tecnologia dos Estados Unidos, Meta, proprietária das plataformas Facebook e Instagram.


No início desta semana, um tribunal russo ordenou a prisão preventiva de dois funcionários de um bar gay, acusados de administrar uma “organização extremista”. Esse caso foi o primeiro desde a decisão da Suprema Corte.

Em 2022, a Rússia proibiu o que chamou de “propaganda gay” entre adultos. Expressões como “relações sexuais não tradicionais” foram proibidas em público e na mídia. Para menores, essa proibição está em vigor desde 2013.

No ano passado, a Rússia implementou a proibição da cirurgia de afirmação de gênero. Essa cirurgia foi classificada por Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, o parlamento russo, como “um caminho para a degeneração”.

O presidente Vladimir Putin, recentemente reeleito para mais um mandato de seis anos, se posiciona como defensor da “família” e da religião, e se opõe ao que chama de “Ocidente decadente” e “satânico”.

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