O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesse domingo (3), a demissão do ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, que assumiu a pasta em 2021. Essa mudança é a mais significativa na cúpula do governo, desde o início da invasão russa, no fim de fevereiro de 2022.
“Decidi substituir o ministro da Defesa da Ucrânia. Oleksii Reznikov passou por mais de 550 dias de guerra de grande escala. Acredito que o ministério precisa de novas abordagens e outros formatos de interação, tanto com os militares como com a sociedade em geral”, anunciou Zelensky.
Para o lugar de Reznikov, o presidente ucraniano indicou Rustem Umerov. “O parlamento da Ucrânia conhece bem esta pessoa e Umerov não precisa de apresentações adicionais”, escreveu o político. “Espero que o parlamento apoie esta candidatura”, pontuou.
Umerov é membro do congresso ucraniano desde 2019, apesar de ter nascido no Uzbequistão. Ele se elegeu pelo Holos, um partido de centro-direita da Ucrânia. Além disso, o parlamentar participou das primeiras negociações de paz sediadas na Bielorrússia, logo depois do início da invasão.
Escândalo na Defesa
Em janeiro deste ano, Vyacheslav Shapovalov renunciou ao cargo de vice-ministro da Defesa, em meio a denúncias de corrupção na pasta. O esquema teria envolvido a compra de alimentos superfaturados durante a guerra.
No entanto, Reznikov não foi acusado oficialmente. “O estresse que suportei este ano é difícil de medir com precisão. Não tenho vergonha de nada. Minha consciência está absolutamente limpa”, disse o então ministro na época.
Sete meses depois, Zelenski decidiu demitir todos os chefes regionais de recrutamento. O ato ocorreu depois de uma auditoria nas repartições. Segundo o Departamento de Investigações da Ucrânia, foram abertos 112 processos criminais contra representantes destes escritórios, 33 casos foram declarados suspeitos e ações judiciais estão sendo movidas contra 15 pessoas.
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