O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na quinta-feira (20) uma reforma ministerial após protestos contra a promulgação da reforma da previdência desestabilizarem o governo e sua credibilidade. As principais mudanças foram no Ministério da Educação, onde o historiador Pap Ndiaye, especialista em diversidade, foi substituído por Gabriel Atta (antigo ministro do Orçamento), e no Ministério da Saúde, em que Aurélien Rousseau, ex-chefe de gabinete da primeira-ministra Élisabeth Borne, assumiu o cargo.
Além disso, os titulares dos ministérios das Pessoas com Deficiência, Solidariedade, Habitação e Cidade, Contas Públicas, Territórios Ultramarinos, e a secretária de Estado da Economia Social e Solidária, Marlène Schiappa, também foram substituídos.
Apesar das mudanças, o presidente francês continua com maioria na Assembleia Nacional.
A permanência da primeira-ministra Élisabeth Borne no cargo não agradou à oposição nem à população. Segundo informações do Le Fígaro, Macron considerou demitir a primeira-ministra, mas voltou atrás. "É por isso que, para os tempos que se abrem, ao reafirmar minha confiança na primeira-ministra, optei pela continuidade e eficiência", escreveu Macron no Twitter nesta sexta-feira (21).
No entanto, novos protestos foram registrados em todo o país após um jovem nigeriano de 17 anos ser morto pela polícia francesa durante uma blitz em 27 de junho.
Macron se reuniu ainda nesta sexta-feira (21) com os membros de seu novo governo. Espera-se, no entanto, que o presidente faça um pronunciamento à nação nos próximos dias para lançar seus planos para os próximos anos, depois de passar pela crise da Previdência e pelos numerosos e violentos protestos causados pelo assassinato de um adolescente por um policial.
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