A Rússia bombardeou o Porto de Odessa, localizado na Ucrânia, na madrugada desta terça-feira (18). O ataque ocorreu um dia após o país russo suspender o acordo de grãos que permitia o transporte marítimo dos produtos produzidos em território ucraniano. De acordo com informações de Kiev, pelo menos duas cidades foram atingidas por mísseis e drones.
O ataque russo ocorreu como sinal de retaliação após a ponte que liga a Crimeia à Rússia ser bombardeada na madrugada de segunda-feira (17). O país acusou a Ucrânia da autoria do ataque. A estrutura é essencial para a subsistência do país na guerra e também para o transporte de tropas russas entre o território ucraniano ocupado.
Além de Odessa, as autoridades ucranianas informaram que o porto de Mykolaiv pegou fogo na noite de segunda-feira (17), mas que o incêndio foi rapidamente controlado e não houve registro de pessoas feridas. Os dois portos têm acesso ao Mar Negro, local por onde a Ucrânia envia os grãos a outros países.
O sistema de defesa de Odessa foi acionado para repelir novos ataques e alertas de ataque foram emitidos em várias áreas do país. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou o país oponente de terrorista e afirmou que os ataques russos são uma tentativa de “militarizar a fome e desestabilizar o mercado global de alimentos”.
“O estado terrorista colocou em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos. A situação mais crítica está em países da África e da Ásia, como Somália, Etiópia, Sudão do Sul, Iêmen”, disse Zelensky.
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