O ministro de Relações Exteriores da China, Qin Gang, declarou nesta terça-feira (07) que os Estados Unidos precisam mudar a atitude "distorcida" em relação a Pequim. Caso contrário, haverá confronto entre os países. As informações são da agência de notícias Reuters.
Qin Gang declarou que se os EUA “não pisarem no freio" e continuarem "acelerando no caminho errado", nada poderá "impedir o descarrilamento", o que, segundo o ministro chinês, "trará conflito e confronto". Ele questionou quem arcará com as "consequências catastróficas" desse embate e afirmou que os EUA consideram a China como seu "principal rival".
A relação entre as duas superpotências vem se deteriorando nos últimos anos por divergências em uma série de questões de ordem militar, diplomática, econômica e geopolítica. Dentre elas, a aproximação dos EUA com Taiwan e a guerra na Ucrânia. A tensão se agravou no mês passado depois que os EUA derrubaram um balão chinês em seu território e disseram se tratar de um item usado para espionagem.
Qin ressaltou que o estreitamento na relação entre os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, está ancorado na relação de vizinhos. O ministro chinês disse que Pequim precisa avançar em suas relações com Moscou à medida que o mundo se torna mais "turbulento".
Ele, no entanto, não confirmou se o presidente chinês visitará Moscou, como foi veiculado na imprensa norte-americana. Seria a 1ª visita de Xi Jinping ao país desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022.
As falas ocorreram durante a Assembleia Popular Nacional, também chamada de Congresso Nacional do Povo, que é o encontro anual do principal órgão legislativo da China. A assembleia é composta por 2.980 legisladores, responsáveis por definir as diretrizes econômicas, políticas e diplomáticas do país.
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