O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, convocou neste sábado (28) diplomatas que atuam na Turquia em resposta a “graves declarações” do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que, durante uma manifestação pró-Palestina, em Istambul, acusou Israel de cometer crimes de guerra em Gaza e culpou o Ocidente pelos massacres na região. Além disso, o presidente da Turquia saiu em defesa do Hamas, pois no país a organização não é considerada terrorista.
Erdogan participou do evento que reuniu milhares de pessoas em Istambul e direcionou seu discurso à base política islâmica, com a presença dos líderes dos partidos nacionalistas e islâmicos aliados. Esses aliados ajudaram Erdogan a garantir a vitória nas eleições apertadas de maio.
No discurso, Erdogan afirmou que o Hamas não é uma organização terrorista e descreveu Israel como um ocupante. Ele também condenou as mortes de civis israelenses causadas pelo ataque do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel, que matou 1.400 pessoas.
Apesar da condenação, Erdogan chamou o Hamas de “combatentes pela liberdade”. Ao contrário de muitos aliados da OTAN, a Turquia não considera o Hamas uma organização terrorista. Analistas políticos sugerem que Erdogan está interessado em intensificar as críticas ao ataque de Israel na Faixa de Gaza.
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