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Juiz que autorizou operação contra Donald Trump era ligado a pedófilo, diz site

De acordo com o The Post, Bruce Reinhart representou funcionários do bilionário Jeffrey Epstein.

O juiz federal da Flórida, Bruce Reinhart, que assinou mandado de busca autorizando que o FBI deflagrasse operação no resort Mar-a-Lago, onde mora o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou o escritório da Procuradoria do Sul da Flórida há mais de uma década para representar funcionários do pedófilo condenado Jeffrey Epstein.

De acordo com o The Post, o juiz Bruce Reinhart aprovou o mandado que permitiu que agentes do FBI entrassem na propriedade palaciana do sul da Flórida na segunda-feira (08), no que Trump chamou de “invasão não anunciada em minha casa”.


Reinhart foi elevado a juiz magistrado no ano de 2018 após 10 anos atuando em consultório particular.

Meses após sua nomeação, o jornal Miami Herald informou que ele havia representado vários funcionários de Jeffrey Epstein em conexão com a investigação de tráfico sexual contra o financista.

Segundo o jornal, Reinhard pediu demissão da Procuradoria do Sul da Flórida no dia 1º de janeiro de 2008 e foi trabalhar para os funcionários de Epstein no dia seguinte. Em 12 anos como promotor federal, de acordo com sua biografia oficial, Reinhart “administrou uma pauta que cobria todo o espectro de crimes federais, incluindo narcóticos, crimes violentos, corrupção pública, fraudes financeiras, pornografia infantil e imigração”.

Os funcionários de Epstein representados por Reinhart, por sua própria admissão ao Herald, incluíam os pilotos de Epstein; sua agendadora, Sarah Kellen; e Nadia Marcinkova, que Epstein uma vez teria descrito como sua “escrava sexual iugoslava”.

Operação

O FBI cumpriu nesta segunda-feira (08) um mandado de busca na residência do ex-presidente Donald Trump em Palm Beach, na Flórida. Em comunicado oficial, Trump disse que a mansão Mar-a-Lago estava “sob cerco”.

De acordo com a CNN, Donald Trump não informou por qual motivo o FBI esteve em Mar-a-Lago, mas afirmou que a operação não foi anunciada e que os agentes “invadiram” seu cofre.

O ex-presidente dos Estados Unidos não estava na Flórida durante a execução do mandado. O Departamento de Justiça dos EUA, assim como a Casa Branca, se recusaram a comentar o caso.

Condenação

Em 2005, os pais de uma menina de 14 anos disseram à polícia da Flórida que Epstein havia abusado de sua filha em sua casa em Palm Beach. A polícia conduziu uma busca pela casa e encontrou fotos da menina. Procuradores, no entanto, ofereceram um acordo para ele.

Ele conseguiu escapar de denúncias federais — que poderiam ter feito com que ele encarasse prisão perpétua — e em vez disso recebeu uma sentença de 18 meses de prisão, durante a qual ele pode sair para o trabalho por 12 horas por dia, seis dias por semana. Depois de 13 meses, foi solto em liberdade vigiada.

Morte

O bilionário americano Jeffrey Epstein, acusado de ter dirigido durante anos uma trama pedófila para explorar sexualmente menores, foi encontrado morto dentro da sua cela numa prisão de Nova York, no dia 10 de agosto de 2019. Ele estava no Metropolitan Correctional Center, um centro de detenções em Nova York. O empresário de 66 anos havia se declarado inocente.

Na denúncia, procuradores afirmaram que Epstein e seus funcionários tinham sido responsáveis por um grande esquema de tráfico sexual, levando meninas jovens — algumas de 14 anos — para sua mansão em Nova York e sua casa na Flórida entre 2002 e 2005.

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