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Congresso do Peru nega permissão a Castillo de viajar à Colômbia para posse de Petro

O presidente peruano é alvo de cinco investigações fiscais por suposta corrupção.

O Congresso peruano, dominado pela direita, recusou nesta quinta-feira, 5, autorizar o presidente esquerdista Pedro Castillo a deixar o país para assistir à posse de Gustavo Petro como presidente da Colômbia no domingo, 7. Castillo havia solicitado permissão para deixar o território nacional de 6 a 8 de agosto.

O pedido feito por Castillo obteve 67 votos contra, 42 a favor e 5 abstenções durante a sessão plenária transmitida pelo canal de televisão do parlamento.


“Lamento que, de forma inusitada e arrogante, o Congresso me impeça de participar de um ato protocolar internacional. Esse fato mina os laços democráticos com a irmã República da Colômbia”, disse o presidente no Twitter.

Por sua vez, o chanceler peruano, César Landa, instou o Congresso a reverter a decisão que afetaria a imagem internacional do Peru.

“Nossa imagem internacional é mais uma vez questionada ao não autorizar a viagem do presidente para a transferência de comando na Colômbia. Apelo aos parlamentares, que em outras ocasiões reverteram decisões para honrar os compromissos internacionais do Peru”, disse Landa no Twitter .

É a primeira vez nas últimas três décadas que um chefe de Estado tem pedido negado de viajar em missão oficial.

Entre os legisladores, foi alegado que o presidente peruano enfrenta um recorde de cinco investigações fiscais por suposta corrupção, uma situação sem precedentes no Peru para um presidente em exercício.

Segundo o governo de esquerda peruano, a presença do presidente do Peru na Colômbia fortaleceria os laços históricos de fraternidade e cooperação entre os dois países.

De acordo com a lei peruana, o Presidente da República precisa de autorização do Congresso toda vez que deseja viajar para o exterior.

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