Oito pessoas ficaram feridas, duas delas com gravidade, em um ataque armado a um ônibus neste domingo, 14, no centro de Jerusalém, informou a polícia. O autor dos disparos foi preso.
“O terrorista está em nossas mãos”, disse Kan Eli Levy, porta-voz da polícia, à rádio pública israelense.
“A polícia foi informada de um tiroteio contra um autocarro perto do Túmulo de David (...) A polícia isolou o local e está à procura de um suspeito que fugiu”, disse a mesma fonte anteriormente.
O tiroteio ocorreu enquanto o ônibus aguardava em um estacionamento próximo ao Muro das Lamentações, que é considerado o local mais sagrado onde os judeus podem rezar.
Após intensa policial na região, o suspeito de cometer o ataque foi preso após se entregar, e a arma de fogo foi capturada, confirmou um porta-voz da polícia.
Entre os feridos estão quatro membros de uma família.
Uma mulher grávida, de 35 anos, está em estado grave. Por conta dos ferimentos no abdômen foi preciso um parto de emergência no hospital Shaare Zedek. A condição do bebê é grave, mas estável, de acordo com a imprensa israelense.
Embora a identidade do agressor não tenha sido revelada, as autoridades israelenses descreveram o ataque como um “ataque terrorista” cometido por palestinos; enquanto o grupo islâmico Hamas o celebrou como um “ato heróico de resistência”.
“Jerusalém é nossa capital e um centro turístico para todas as religiões. Nossas forças de segurança estão trabalhando para restaurar a calma e recuperar a sensação de segurança na cidade”, o primeiro-ministro israelense Yair Lapid.
“Todos aqueles que procuram nos prejudicar devem saber que pagará o preço por ferir nossos civis”, acrescentou o primeiro ministro interino.
O ataque em Jerusalém ocorreu após uma semana tensa entre Israel e palestinos em Gaza e na Cisjordânia.
Conflitos
No último fim de semana, aeronaves israelenses realizaram uma ofensiva na Faixa de Gaza com foco no grupo militante Jihad Islâmica. A operação desencadeou três dias de ferozes combates.
Jihad Islâmica disparou centenas de foguetes durante a explosão para vingar os ataques aéreos, que mataram dois de seus comandantes e outros militantes.
Israel, por sua vez, disse que o ataque visava destruir ameaças do grupo para responder à prisão de um de seus funcionários.
Quarenta e nove palestinos, incluindo 17 crianças e 14 militantes, foram mortos, e várias centenas ficaram feridas na luta, que terminou com um cessar-fogo mediado pelo Egito. Nenhum israelense foi morto ou gravemente ferido.
Um dia depois que o cessar-fogo interrompeu a pior rodada de combates de Gaza em mais de um ano, tropas israelenses mataram três militantes palestinos e feriram dezenas em um tiroteio que eclodiu durante uma operação de prisão na cidade de Nablus, na Cisjordânia./AFP, AP, EFE e NYT
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