À medida que ondas de calor fazem ferver cidades de toda a Europa, com temperaturas excedendo os 37,8ºC em algumas regiões, Paris se mostra mal preparada para enfrentar os cada vez mais frequentes verões escaldantes decorrentes do aquecimento global.
A capital francesa possui uma das maiores densidades populacionais no mundo, com edifícios residenciais e prédios de escritórios ocupando grande parte da superfície da cidade, deixando pouco espaço para a refrescante presença de parques e árvores. Seus telhados de zinco e longas vias asfaltadas acumulam o calor, sufocando moradores que têm mergulhado de roupa nas fontes do Trocadero.
Na semana passada, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou a criação de um projeto que examinará “políticas destinadas a adaptar Paris a superondas de calor”, que a Prefeitura solenemente apelidou de “Paris 50º”.
A capital francesa é particularmente vulnerável às chamadas “ilhas urbanas de calor”, fenômeno em que cidades experimentam temperaturas mais altas do que seus entornos rurais — em razão das superfícies secas de telhados e pavimentos que absorvem a radiação solar de ondas curtas e a transformam em calor, que emana para o ambiente durante a noite.
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