Pesquisa realizada pela Universidade de Oxford e publicada nesta quinta-feira (14) na revista científica Plos Medicine revela que o consumo moderado de álcool não deixa de oferecer riscos, podendo inclusive causar danos ao cérebro, como demência.
De acordo com a revista Oeste, o estudo científico investigou a relação entre consumo moderado de álcool e o acúmulo de ferro no cérebro, condição que está diretamente relacionada ao desenvolvimento de doenças como Alzheimer e Parkinson e que é responsável por intensificar e acelerar a perda das funções cognitivas.
Até então, acreditava-se que somente o consumo abusivo de bebidas alcoólicas poderia causar esses danos à saúde, entendimento que pode mudar com os resultados da nova pesquisa.
Mais de 20 mil pessoas participaram do estudo – esse é o maior e mais abrangente número de participantes em pesquisa sobre o assunto. Essas pessoas responderam a um questionário sobre seus hábitos de bebida, foram submetidas a ressonância magnética para medir a quantidade de ferro no cérebro e realizaram testes cognitivos.
Os dados obtidos indicaram que o consumo de sete unidades de álcool semanalmente – correspondente a duas taças de vinho – aumenta os níveis de ferro em uma região cerebral chamada de gânglios da base, principal responsável pelas funções motoras e cognitivas.
O estudo também revelou uma relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o acúmulo de ferro no fígado, mas o efeito só foi observado em participantes que consumiam pelo menos 11 unidades de álcool por semana – quatro latas e meia de cerveja. No Brasil, o álcool é o sétimo maior fator de risco para mortalidade.
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