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Zelenski pede reunião com Putin e anuncia encontro com diplomatas dos EUA

Ida dos secretários americanos será a primeira visita oficial desde o início da guerra, em fevereiro.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pediu, neste sábado, 23, uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, para “pôr fim à guerra”. Depois, anunciou um encontro com os secretários da Defesa e de Estado dos EUA em Kiev. A Casa Branca não comentou.

“Acredito que quem começou a guerra poderá pôr fim nela”, disse Zelenski em entrevista coletiva em uma estação de metrô no centro de Kiev. O líder ucraniano reiterou que não tinha medo de se reunir com Putin, se isso permitisse alcançar um acordo de paz entre os dois países.


Ao mesmo tempo, Zelenski advertiu à Rússia que encerrará todas as negociações de paz caso soldados ucranianos sejam mortos em Mariupol, no sudeste do país.

“Se nossos homens forem assassinados em Mariupol e se forem organizados supostos referendos na região de Kherson (sul), a Ucrânia vai se retirar de todo processo de negociação”, afirmou Zelenski.

A Rússia retomou seu ataque aos últimos combatentes e civis ucranianos abrigados em uma siderúrgica em Mariupol dias depois de Moscou declarar vitória na cidade e afirmar que suas forças não precisavam tomar a planta.

Governo americano em Kiev

Zelenski, que há semanas vem pedindo mais armas ao Ocidente, também anunciou a visita dos secretários americanos de Estado, Antony Blinken, e da Defesa, Lloyd Austin, a Kiev. Será a primeira visita oficial de membros do governo dos EUA desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.

O presidente ucraniano também disse esperar que o líder americano, Joe Biden, vá a Kiev para “apoiar o povo ucraniano” quando a situação de segurança permitir. Zelenski especificou que as negociações no domingo se concentrariam nas entregas de armas dos EUA à Ucrânia. A Casa Branca não comentou.

“Na semana passada, os sinais, as mensagens, os passos, os prazos, os números - quero dizer, armas dos EUA - tudo melhorou”, disse ele a repórteres, afirmando estar “grato” ao governo americano, embora gostaria de ter “armas ainda mais pesadas e poderosas” para enfrentar o Exército russo.

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