No 56º dia de guerra, a Ucrânia espera enviar cerca de noventa ônibus para Mariupol, no sul do país, nesta quarta-feira, 20, para retirar cerca de 6 mil mulheres, crianças e idosos. O comunicado foi feito pelo prefeito de Mariupol, Vadim Boichenko, à televisão nacional.
Durante o anúncio, o gestor disse esperar um acordo preliminar com a Rússia sobre o estabelecimento de um corredor seria firmado e mantido. Ele afirmou que 100 mil civis permaneceram em Mariupol. Destes, dezenas de milhares foram mortos no cerco russo da cidade no Mar de Azov.
A vice-primeira-ministra Irina Vereshchuk informou que há um acordo “preliminar’' para operar a chamada rota do corredor humanitário para o oeste para Zaporizhzhia, cidade controlada pela Ucrânia. Em uma mensagem via Telegram, a ministra alertou que a retirada será destinada, principalmente a mulheres, crianças e idosos a partir da tarde desta quarta.
Ela acrescentou que Mariupol era o foco dos esforços ucranianos para ajudar os civis por causa da “situação humanitária catastrófica”, que visto intensos combates por semanas, enquanto as tropas russas empurravam as forças ucranianas de volta e agora tê-los cercados em um complexo siderúrgico.
Histórico
Anteriormente, Vereshchuk havia mencionado que não haveria uma rota de fuga de Mariupol, dizendo na época que não se estabeleceu acordo com a Rússia. Sobre essa informação, não houve imediata confirmação do lado russo.
A Ucrânia e a Rússia culparam frequentemente entre si por obstruir os corredores de Mariupol ou disparar ao longo da rota acordada, que normalmente só foi aberta a pessoas que viajavam usando veículos particulares.
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