Fechar
GP1

Mundo

Biden pedirá aos aliados da Otan que apliquem sanções agressivas à Rússia

O objetivo norte-americano é manter uma meta unificada entre Estados Unidos e aliados ocidentais.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionará aliados ocidentais por sanções econômicas ainda mais agressivas contra a Rússia durante uma série de cúpulas globais na Europa nesta semana. As informações são de autoridades da Casa Branca nesta terça-feira, 22. O objetivo norte-americano é buscar manter uma meta unificada enquanto as forças russas continuam a destruir cidades na Ucrânia.

Em Bruxelas, na quinta-feira, Biden e outros líderes devem anunciar uma “próxima fase” de assistência militar à Ucrânia, novos planos para expandir e aplicar sanções econômicas e um esforço para reforçar ainda mais as defesas da Otan ao longo da fronteira com a Rússia, disse Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca.


“O presidente está viajando para a Europa para garantir que permaneçamos unidos, para consolidar nossa determinação coletiva, para enviar uma mensagem poderosa de que estamos preparados e comprometidos com isso pelo tempo que for necessário”, disse Sullivan a repórteres.

Biden enfrenta um grande desafio enquanto trabalha para enfrentar a ofensiva do presidente russo Vladimir Putin. A aliança já ultrapassou os limites das sanções econômicas impostas pelos países europeus, que dependem da energia russa. E a aliança da Otan esgotou em grande parte suas opções militares – exceto um confronto direto com a Rússia que Biden disse que poderia resultar na Terceira Guerra Mundial.

Isso deixa o presidente e seus colegas com uma lista relativamente curta de anúncios a serem entregues na quinta-feira, após três reuniões consecutivas. Sullivan disse que haverá “novas designações, novos alvos” para sanções dentro da Rússia. E ele disse que os Estados Unidos farão novos anúncios sobre os esforços para ajudar as nações europeias a se livrarem de sua dependência da energia russa.

Mas o principal objetivo das cúpulas - que foram desenvolvidas às pressas em apenas uma semana por diplomatas em dezenas de países - pode ser mais uma demonstração de que a invasão de Putin não levará os aliados ocidentais a se transformarem em críticas e desacordos.

Sullivan disse que, apesar da intenção da Rússia de “dividir e enfraquecer o Ocidente”, os aliados permaneceram “mais unidos, mais determinados e mais determinados do que em qualquer momento da memória recente”.

O presidente está programado para deixar Washington na manhã desta quarta-feira, antes das cúpulas na quinta-feira com a Otan, o Grupo dos 7 países e o Conselho Europeu. Na sexta, Biden irá à Polônia para discutir a enxurrada de refugiados ucranianos que chegaram desde o início da guerra. Ele também visitará tropas americanas estacionadas na Polônia como parte das forças da OTAN.

Espera-se que Biden se encontre com o presidente Andrzej Duda da Polônia no sábado antes de retornar à Casa Branca no mesmo dia.

Empresa francesa deixará de comprar petróleo da Rússia

Enquanto os países planejam mais sanções econômicas contra a Rússia, a TotalEnergies, empresa francesa de petróleo e gás, disse nesta terça-feira que deixará de comprar petróleo russo até o final do ano e interromperá mais investimentos em projetos no país. A medida afeta a economia russa e fortalece o objetivo dos países ocidentais para enfraquecer o país devido à invasão na Ucrânia.

A TotalEnergies disse que “iniciou a suspensão gradual de suas atividades na Rússia, garantindo a segurança de suas equipes”. A empresa já havia dito no dia 1º de março que interromperia novos investimentos russos.

O anúncio desta terça-feira expandiu a declaração inicial. A TotalEnergies afirmou que não renovaria contratos de compra de petróleo e produtos derivados e disse que interromperia todas as compras as compras até o final do ano. A empresa também vai deixar de fornecer investimentos para novos projetos na Rússia.

As ações da empresa de energia desde a invasão ilustram os desafios para empresas e formuladores de políticas europeus do setor energético. A Europa depende da energia da Rússia, que é um dos maiores fornecedores mundiais de petróleo e gás.

A própria TotalEnergies está em uma posição difícil. A empresa disse em seu comunicado que foi acusada de “cumplicidade em crimes de guerra” por continuar trabalhando na Rússia. Ao mesmo tempo, seus negócios russos, especialmente investimentos em gás natural liquefeito, têm sido uma parte importante da estratégia futura da empresa e algo que ela tem relutado em renunciar completamente.

Comprar energia da Rússia também é uma prática estabelecida que será difícil de abandonar. A TotalEnergies foi um dos maiores compradores de carregamentos de petróleo russo em 2021, com média de 186 mil barris por dia, segundo dados da Kpler, uma empresa de pesquisa. A empresa já alertou que as medidas podem ter um impacto na disponibilidade de um ingrediente para o diesel que já está em falta globalmente.

Lidar com as sanções econômicas e a dependência da energia russa é um dos maiores desafios para as nações europeias que se opõem à guerra. Os líderes têm pedido uma resolução diplomática entre Rússia e Ucrânia e alertado para as consequências no setor energético e alimentício do mundo.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.