O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou nesta terça-feira, 1º, seu "forte apoio" ao presidente russo, Vladimir Putin, durante uma conversa por telefone entre os dois, seis dias após a invasão da Rússia na Ucrânia, informou o Kremlin a repórteres.
"Nicolás Maduro expressou seu forte apoio às ações-chave da Rússia, condenando a atividade desestabilizadora dos Estados Unidos e da Otan e enfatizando a importância de combater a campanha de mentiras e desinformação lançada pelos países ocidentais", indica a declaração do governo russo após a ligação realizada por "iniciativa venezuelana".
Putin, por sua vez, "compartilhou sua visão da situação em relação à Ucrânia, destacando que os objetivos da operação militar especial eram proteger a população civil de Donbass", territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, assim como "a soberania russa sobre a Crimeia, a desmilitarização e desnazificação do Estado ucraniano e a garantia de sua condição neutra e não nuclear".
A relação russo-venezuelana remonta à época do presidente Hugo Chávez, morto em 2013, que apoiou a Rússia durante a guerra relâmpago com a Geórgia em agosto de 2008 pelo controle da Ossétia do Sul. Após o conflito, Moscou reconheceu a independência desta província e de Abkhazia, outra região georgiana separatista pró-Rússia.
Chávez (1999-2013) também comprou armas e equipamentos militares russos por centenas de milhões de dólares em meio a um boom do petróleo que terminou em 2014./AFP
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