A ucraniana Olga Lugovzka estava há apenas três dias de volta a Kiev após passar um mês no Brasil quando ocorreu a invasão da Rússia à Ucrânia. Assim como outras 100.000 pessoas, decidiu fugir da guerra para a Polônia, mas teve que deixar a família para traz.
"Até o último dia eu quis ficar em casa porque tenho a minha família, mas a situação só piorava e eu decidi [sair]", contou a ucraniana ao Estadão. "Com sorte apanhei este trem e estou na Polônia. Não tenho planos para muito tempo, mas por agora vou ficar aqui."
"Deixei a minha mãe e a minha avó na Ucrânia, porque a minha avó já tem 82 anos, então não pode se movimentar facilmente. A minha mãe vai cuidar da minha avó. Mas espero que isso termine logo e eu possa regressar ao meu país para ajudar a minha mãe e a minha avó".
Assim como olga, cerca de 100.000 ucranianos cruzaram a fronteira para a Polônia desde o início do ataque russo, anunciou o vice-ministro polonês do Interior, Pawel Szefernaker, neste sábado, 26.
Ao todo, mais de 150.000 pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde que as tropas russas invadiram o país na manhã de quinta-feira, disse o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi. A Acnur espera que até 4 milhões de ucranianos possam fugir se a situação piorar ainda mais.
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