O ator Alec Baldwin entregou seu telefone às autoridades que investigam o disparo que matou uma cineasta em um set de filmagens no Novo México em outubro, quase um mês depois da emissão de um mandado para apreender o aparelho.
Baldwin, de 63 anos, manipulava uma arma enquanto ensaiava uma cena do faroeste Rust com a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42, que morreu no incidente.
A polícia está investigando porque havia munição real no local e solicitou o celular de Baldwin em meados de dezembro, argumentando que poderia conter "evidências" que poderiam ser "relevantes para a investigação".
O iPhone de Baldwin, que estrelava e coproduzia este longa de baixo orçamento, foi entregue às autoridades do condado de Suffolk, em Nova York, onde ele reside.
As autoridades vão buscar informações no dispositivo e entregá-lo aos colegas do estado do Novo México, disse um porta-voz do condado de Santa Fé à AFP. O Departamento do Xerife ainda não recebeu as informações do telefone de Baldwin, acrescentou.
Os investigadores disseram que querem ver as mensagens e e-mails que o ator enviou e recebeu relacionados ao projeto.
Segundo a ordem judicial que respalda o pedido, o ator havia trocado e-mails com a armeira do filme para discutir que tipo de arma seria usada na cena que acabou sendo fatal.
As trocas entre o advogado de Baldwin e sua esposa por telefone não serão entregues às autoridades, conforme um acordo entre Baldwin e o promotor distrital de Santa Fé.
O Departamento do Xerife disse anteriormente que negociações sobre "preocupações jurisdicionais" atrasaram a entrega do dispositivo.
No sábado, Baldwin postou um vídeo no Instagram em que, entre outros assuntos, comenta a questão do celular. "Qualquer insinuação de que eu não estou cumprindo pedidos, ordens ou mandados relacionados ao meu telefone é besteira, é mentira", diz.
Ninguém foi preso ainda neste caso. O ator afirmou em uma entrevista que não puxou o gatilho da arma, apenas a engatilhou.
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