O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira, 20, que resgatará aliados afegãos que participaram das operações militares americanas contra o Talibã. Em sua maioria tradutores que trabalharam com as tropas da Otan, esses afegãos têm tentado nos últimos dias entrar no Aeroporto de Cabul para evitar a perseguição do grupo militante, que tomou o poder no Afeganistão no começo da semana.
Criticado pela demora na operação para retirar militares, civis e jornalistas americanos do Afeganistão, Biden falou pela segunda vez em poucos dias sobre a crise. Segundo ele, 13 mil pessoas já foram removidas do aeroporto. Outros 206 jornalistas, de veículos como Washington Post, New York Times e Wall Street Journal também deixaram o país. Ele ressaltou, no entanto, que a operação será difícil de ser concluída, apesar de garantir que ninguém será deixado para trás.
O presidente americano ainda disse que convocou uma reunião do G-7 - grupo dos países mais ricos do mundo que inclui ainda Canadá, Japão, Reino Unido, Itália, Alemanha e França - para tratar da crise no Afeganistão.
No Afeganistão, do lado de fora do Aeroporto - única parte do país que não é controlada pelo Taleban - o cenário é caótico. Ex-militares do Exército afegão tentam fugir desesperadamente do país, enquanto são caçados pela milícia.
Milhares de membros das forças de segurança afegãs conseguiram chegar a outros países nas últimas semanas, enquanto o Talibã tomava o Afeganistão rapidamente. Outros conseguiram negociar rendições e voltaram para suas casas - e alguns ficaram com as armas e se juntaram ao lado vencedor.
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