O presidente francês Emmanuel Macron anunciou nesta segunda-feira, 16, uma iniciativa europeia para lidar com os fluxos de imigrantes do Afeganistão que devem ser desencadeados após o Talibã tomar o país.
Num discurso na televisão, Macron alertou que a desestabilização do Afeganistão pode gerar fluxos migratórios irregulares e afirmou que embora a França continue a proteger "os mais ameaçados", a Europa sozinha não pode suportar as consequências da situação real.
"Será lançada uma iniciativa para construir, sem esperar mais, uma resposta robusta, coordenada e unida", afirmou Macron em seu discurso. O presidente disse que já conversou sobre o plano com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Macron prometeu "luta contra os fluxos irregulares, solidariedade no esforço e harmonização dos critérios de proteção e a cooperação com os países de trânsito e de acolhimento", o que poderia incluir acordos com Paquistão, Turquia e Irã, por exemplo.
O presidente francês afirmou que neste momento a urgência absoluta é colocar em segurança os franceses que ainda estão no Afeganistão, assim como os afegãos que trabalharam para a França.
Para retirar civis do país, Macron ordenou o envio de forças especiais e de dois aviões militares, que tiveram de fazer escala na base aérea que a França tem nos Emirados Árabes Unidos. A previsão é de que os voos cheguem ao Afeganistão nas próximas horas, e as forças especiais trabalharão em parceria com os militares dos EUA.
A França esteve envolvida militarmente no Afeganistão desde que os Estados Unidos lançaram a operação internacional contra o regime do Talibã no final de 2001, em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro, até sua retirada no final de 2014.
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