Fechar
GP1

Mundo

Talibã diz que tomou controle do palácio presidencial em Cabul

O grupo extremista afirma que queria uma rendição pacífica do presidente Ashraf Ghani, que fugiu do país.

O Talibã anunciou que tomou neste domingo (15) o palácio presidencial do Afeganistão, em Cabul, após fuga do presidente Ashraf Ghani. O grupo extremista afirma que defendia uma rendição pacífica do governo.

A tomada da capital afegã se dá 20 anos após o Talibã ser expulso pelos Estados Unidos, que invadiram o país dias depois dos ataques de 11 de setembro, em meio à retirada dos soldados norte-americanos do país. De acordo com o G1, o ex-vice-presidente afegão Abdullah Abdullah afirmou em um vídeo publicado em suas redes sociais que Ashraf Ghani "abandonou a nação". O político lidera o Conselho Superior para a Reconciliação Nacional, que é responsável pela pacificação na região.


A agência de notícias Reuters foi informada por um alto oficial do Ministério do Interior afegão que Ghani embarcou para o Tajiquistão, país que faz fronteira com o Afeganistão. Ainda conforme a agência, o gabinete da presidência afegã não confirma as informações "por questões de segurança".

Entrada do Talibã

O talibã entrou em Cabul após horas de cerco, e segundo o gabinete presidencial foram ouvidos disparos pela cidade. O porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, fez um "chamado” ao presidente e a outros líderes para que contribuíssem com uma “transição pacífica de poder”.

Contudo, após a fuga do presidente, um porta-voz do Talibã informou à Reuters que o grupo se preparava para entrar na cidade, alegando que a capital "abandonada" correria risco de sofrer violências e saques.

Mais cedo, o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, havia anunciado uma "uma transferência pacífica de poder para um governo de transição", mas não deixou claro quem o iria compor.

O porta-voz do Talibã vem anunciando uma série de “medidas de governo”, embora sem o reconhecimento oficial, como o respeito à liberdade de imprensa, à diplomacia e a permissão para que mulheres possam deixar sozinhas suas casas.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.