O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (Sage, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu autorização de uso emergencial à vacina contra a covid-19 da farmacêutica chinesa Sinopharm, informou nesta sexta-feira, 7, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
Segundo destacou Tedros, esta é a sexta vacina contra a covid-19 cujo uso emergencial foi aprovado pelo Sage. O chefe da grupo de especialistas, Alejandro Cravioto, afirmou que a taxa de proteção global do imunizante é de 79%, mesmo número divulgado pela empresa no fim do ano passado. Ele ainda notou que há poucos dados sobre o uso da vacina em idosos, e por isso é importante que os países que forem utilizá-la acompanhem de perto possíveis efeitos colaterais.
Sinovac
Em comunicado à imprensa divulgado mais cedo, a chefe do setor de vacinas da OMS, Mariângela Simão, afirmou que a adição da Sinovac à lista de uso emergencial da entidade tem o potencial de "acelerar rapidamente o acesso aos imunizantes".
As discussões para padronizar uma segunda vacina chinesa, Sinovac, estão em andamento. Outra vacina Sinopharm - feita neste caso em Wuhan - também está sendo estudada para aprovação pela OMS.
A entidade já aprovou o imunizante da Moderna, da Pfizer/BioNTech, as duas vacinas AstraZeneca fabricadas na Índia e na Coreia do Sul - a OMS as considera como aprovações separadas, mesmo que o produto seja idêntico - e a da Johnson & Johnson, chamada Janssen.
Esse procedimento ajuda os países que não dispõem de meios suficientes para determinar a eficácia e a segurança de um medicamento por conta própria.
Dessa forma, esses países podem acessar rapidamente as terapias, enquanto o sistema global de distribuição de vacinas da Covax, criado pela OMS com duas alianças semiprivadas internacionais, também pode distribuir doses adicionais para eles.
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