A população do Sudão, na África, segue sem acesso à internet neste sábado, 30, dia agendado para os protestos nacionais contra o golpe de Estado instaurado pelo general Abdel Fattah al-Burhan. O militar dissolveu os órgãos criados para a transição democrática e declarou estado de emergência.
"A Internet do Sudão continua em grande parte interrompida, deixando os cidadãos isolados entre si e do resto do mundo", informou Netblocks, portal com sede em Londres, Reino Unido.
A fonte confirmou que, desde a última segunda-feira, 25, o serviço à rede virtual está interrompido, o que afetou a "conexão e algumas linhas fixas em múltiplos fornecedores". Com isso, a mobilização para o protesto tem sido feita por uso de panfletos, mensagens SMS, grafites e comícios de bairro.
Protestos
Manifestantes e forças de segurança têm se enfrentado ao longo desta semana. O embate já deixou pelo menos 11 mortos e mais de uma centena de feridos, segundo denúncias de organizações da oposição e da Anistia Internacional.
Esta não é a primeira vez que o país fica privado de acesso à internet. Também de acordo com informações do Netbloks, o país "cortou as redes sociais durante 68 dias consecutivos" de dezembro de 2018 até fevereiro de 2019.
Naquele momento, o povo sudanês protestava contra o regime do ex-presidente Omar al Bashir, que exerceu o poder por três décadas até ser deposto em abril de 2019.
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