Na quarta-feira (13) o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que 1.245 produtos da cesta básica argentina tiveram os preços congelados por 90 dias. A medida tem como objetivo segurar a inflação, que já ultrapassa 50% em um ano e deverá durar até dia 7 de janeiro de 2022.
Conforme especialistas, a medida pode gerar um alívio momentâneo para os argentinos, mas demonstra o fracasso do Governo Fernández no país. O decreto foi baixado um mês antes das eleições legislativas no país. Nas primárias, a esquerda saiu derrotada. Uma nova derrota poderia enterrar o plano de reeleição de Fernández.
Essa não é a primeira vez que a medida é tomada no país. Desde 1952 esta é a sétima vez que itens de alimentação e higiene têm os preços congelados na Argentina. A história, no entanto, mostra que em nenhum desses momentos a medida foi eficaz para frear a inflação.
A decisão de Fernández foi tomada a contra gosto do ministro da Economia, Martín Gusman, que tenta renegociar uma dívida de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
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