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Apagão deixa milhões sem luz na Argentina e no Uruguai

Falha também deixou paraguaios sem energia ontem; apagão foi ‘sem precedentes’, segundo presidente Mauricio Macri.

Uma falha no sistema elétrico deixou toda a Argentina sem energia ontem, em pleno domingo de Dia dos Pais no país. Segundo as autoridades locais, a rede argentina “entrou em colapso” pela manhã. Além de forçar o fechamento da maior refinaria do país, a interrupção também cortou a eletricidade em grande parte do Uruguai, bem como áreas do Paraguai e Chile.

Segundo o presidente Mauricio Macri, o problema foi causado por uma falha no sistema de distribuição de energia do litoral argentino. “Trata-se de um caso inédito, que será investigado a fundo”, disse Macri pelo Twitter.


A estatal uruguaia UTE afirmou que, às 7h06min (mesmo fuso horário de Brasília), “um mau funcionamento da rede argentina afetou o sistema interligado”, deixando todo o país sem luz. A empresa de energia Edesur Argentina classificou a interrupção de “excepcional” e chegou a dizer que provavelmente levaria o resto do dia antes que ela pudesse devolver a eletricidade a todos os seus clientes.

O serviço começou a ser restabelecido a partir das 10 horas da manhã. Às 18h45, mais de 90% dos afetados na Argentina e 98,5% do Uruguai contavam com energia normalizada, de acordo com o jornal argentino Clarín e a UTE. O Brasil não foi afetado, de acordo com o ONS.

Em coletiva de imprensa, o secretário de Energia da Argentina, Gustavo Lopetegui, dissse que o governo ainda não sabe explicar as causas do apagão e precisará de 10 a 15 dias para ter certeza dos motivos da falha.

O blecaute interrompeu o sistema de transporte de Buenos Aires, devido à falta de sinalização, e prejudicou eleições locais que estavam previstas em algumas províncias, como por exemplo, Santa Fé, San Luis, Formosa e Tierra del Fuego.

Dia dos Pais

Na Argentina, se comemorava o Dia dos Pais, data que gerava expectativa de movimentar a combalida economia do país. Restaurantes esperavam uma grande clientela. “Isso nos matou”, lamentou o dono de um estabelecimento popular no bairro de Boedo, em Buenos Aires. “A cidade está um desastre. Não há semáforos. As lojas não estão abertas. O Dia dos Pais estragou”, disse Liliana Comis, aposentada de 75 anos, também da capital.

Em Córdoba, segunda maior cidade argentina, a situação era parecida. “Optamos por abrir porque precisamos trabalhar, mas, logo cedo, perdemos sete ou oito mesas de clientes porque não podemos fazer café nem pão” ", comentou o padeiro Carlos Arce.

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