O líder opositor venezuelano Juan Guaidó declarou-se nesta quarta-feira (23), presidente interino da Venezuela durante as manifestações pela renúncia do presidente Nicolás Maduro, em Caracas. Minutos após o anúncio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Guaidó como presidente de fato do país e convocou líderes latino-americanos a fazerem o mesmo.
Presidente da Assembleia Nacional, Guaidó já foi reconhecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e países latino-americanos, como o Brasil. Ele tinha chegado a sinalizar que pretendia declarar-se líder do país após a Assembleia considerar Maduro "usurpador", mas vinha evitando fazer isso abertamente.
Em protestos que antecederam a marcha, uma pessoa morreu quando uma estátua do presidente Hugo Chávez foi queimada. Outras três pessoas morreram em saques no Estado de Bolívar.
Os principais atos ocorrem nas cidades de Caracas, Maracaibo, San Cristóbal, Barquisimeto, Mérida e Valência. O governo convocou chavistas para demonstrar apoio a Maduro, mas estes se reúnem em menor número.
Guaidó assumiu o comando da Assembleia Nacional, controlada pela oposição, mas sem poderes legislativos desde 2016, no começo de janeiro e impulsionou os esforços contra o chavismo dentro e fora da Venezuela.
Enquanto organizou assembleias de rua nas principais cidades do país para reunir opositores ao regime, recorreu ao front diplomático para angariar apoio de países vizinhos e dos Estados Unidos. Ao assumir o cargo, ele declarou Maduro "usurpador" por ter sido eleitas em eleições não reconhecidas pela oposição e a comunidade internacional.
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