José Maria Marin, presidente da CBF entre 2012 e 2015, foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos pelas seis das sete acusações de crimes do "caso Fifa". Ele foi condenado por três crimes de fraude financeira (Copa América, Copa Libertadores, Copa do Brasil), dois de lavagem de dinheiro (Copa América e Libertadores) e um por conspirar/formar uma organização criminosa e inocentado do crime de lavagem de dinheiro na Copa do Brasil
O ex-presidente da Conmebol, Juan Angel Napout, também foi condenado. Das cinco acusações, Napout foi inocentado em duas: lavagem de dinheiro na Libertadores e na Copa América.
A promotoria pediu que Napout e Marin sejam levados imediatamente para a prisão federal e a juíza Pamela Chen anunciará em breve se aceitará este pedido. As duas defesas tentam evitar e argumentaram que eles não representam um risco.
- Foto: ReutersJosé Maria Marin
“Estamos muito decepcionados com o veredito. Mas veredito é veredito. Respeitamos. Só quero dizer que estamos falando de um senhor de 85 anos de idade, que já não está em suas melhores condições. Não há o mínimo risco de fuga. E ele também não fala inglês. Apelo pra que ele espere a sentença nas mesmas condições em que está”, disse o advogado de Marin, Charles Stillman.
Marin foi condenado pelo júri popular no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York, onde tramita o "Caso Fifa". O tamanho de sua pena ainda será definido pela juíza Pamela Chen, que não tem prazo para publicar a sentença. Até lá, se não for encaminhado para a prisão federal, ele vai esperar pela decisão em prisão domiciliar, em seu apartamento na Trump Tower, em Manhattan.
Como se trata de decisão de primeira instância, Marin vai recorrer. A soma das penas pode chegar a 120 anos, mas uma punição desse tamanho é tida como improvável. A maior investigação sobre corrupção na história do futebol foi conduzida pelos EUA porque foram usadas empresas e contas bancárias americanas para movimentar dinheiro.
O presidente afastado da CBF, Marco Polo Del Nero - suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por 90 dias na última semana -, e o ex-presidente da confederação, Ricardo Teixeira, foram indiciados pelos mesmos sete crimes da acusação de Marin. Mas os dois estão no Brasil, que não extradita seus cidadãos. As acusações contra eles não serão retiradas.
Ver todos os comentários | 0 |