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Tragédia da Chapecoense "foi um assassinato", afirma Ministro

O acidente com a aeronave deixou 71 pessoas mortas na última terça-feira (29).

Na sexta-feira (9), o ministro da Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, qualificou como “assassinato” a queda do avião da companhia aérea LaMia, que transportava a equipe Chapecoense para a Colômbia, e deixou 71 pessoas mortas. "Não houve um acidente, houve um homicídio. O que ocorreu em Medellín é um assassinato porque alguém que se atreve a levar passageiros, mais de 70 pessoas, com a gasolina exata, viola um protocolo fundamental básico da aeronavegação civil", disse Ferreira.

De acordo com o Estadão, Ferreira ainda disse que que um avião deve contar pelo menos com "uma hora e meia de autonomia de voo de onde parte até onde vai chegar e isso não foi cumprido. Não se deve perder muito em especulações (...) está muito claro que houve um homicídio. Mas teve cúmplices, alguém que permitiu que esse avião decolasse com essa rota de voo é cúmplice", relatou.


  • Foto: VejaTragédia com avião LaMiaTragédia com avião LaMia

Segundo Ferreira, a cúmplice teria sido à funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (AASANA), Celia Castedo, que observou irregularidades no plano de voo da aeronave de LaMia no aeroporto de Viru Viru, da cidade de Santa Cruz. "E essa senhora vai se declarar perseguida política e ir para outro país, algo que é incorreto", afirmou.

Castedo, que solicitou refúgio no Brasil, declarou em carta que foi alvo de pressões de seus superiores na AASANA para mudar o conteúdo do relatório. Além disso, ela disse que chamou a atenção sobre a autonomia de voo da aeronave, que caiu antes de chegar a Medellín supostamente por falta de combustível.

E por fim, Ferreira questionou o fato de o piloto da aeronave, Miguel Quiroga, morto na queda, não ter aterrissado nos pontos onde podia abastecer. "Se o piloto só tivesse cumprido o que diz a norma de aterrissar em Cobija (norte da Bolívia) ou em Bogotá, ou pelo menos antes de acidentar-se tivesse anunciado emergência desde o começo, é possível que não tivesse havido esta tragédia", finalizou.

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