A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira, 17 de julho, surto de mpox na África como uma emergência de saúde global, após a descoberta de uma cepa mais letal, o clado Ib, que se espalhou por quatro províncias africanas antes não afetadas. Esse surto, inicialmente contido na República Democrática do Congo , levou a OMS a convocar seu comitê de emergência para discutir a gravidade da situação, resultando na declaração do mais alto nível de alerta internacional.
Os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças já haviam classificado o surto como uma emergência de saúde pública de segurança continental, marcando a primeira vez que a agência emitiu tal declaração desde sua fundação. Desde o início do ano, mais de 17.000 casos e 500 mortes foram reportados em 13 países africanos, com a República Democrática do Congo sendo a mais afetada.
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que se propaga facilmente entre humanos e animais. A doença, que costumava ser encontrada principalmente na África Central e Ocidental, começou a se espalhar para a Europa e América do Norte em 2022, sendo declarada uma emergência de saúde global pela OMS em julho de 2022, status que foi encerrado em maio de 2023.
Com dois clados genéticos principais, I e II, o clado Ib é mais transmissível e provoca doenças mais graves. A OMS enfatizou a importância da cooperação internacional para conter o surto, destacando a necessidade de financiamento adequado e coordenação de esforços globais.
Para enfrentar a crise, a OMS já iniciou o processo de aprovação de vacinas para uso emergencial e lançou um plano de resposta regional que requer 15 milhões de dólares, dos quais 1,45 milhões já foram liberados do Fundo de Contingência para Emergências.