A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yañez, formalizou nesta segunda-feira (12) uma denúncia contra o ex-presidente Alberto Fernández no Consulado argentino de Madri, na Espanha. Yañez acusa Fernández de agressões físicas e abuso de autoridade, alegando que os maus-tratos começaram em 2016. Em um documento de 20 páginas, ela detalha as agressões e pede que Fernández seja acusado de lesões graves, ameaças coercitivas e abuso de poder.
Fernández, que nega as acusações, afirmou que as marcas no rosto de Yañez são resultado de um tratamento estético e não de violência. Ele também mencionou que Yañez se submeteu a um tratamento de fertilidade, questionando por que ela faria isso se ele fosse um agressor. O ex-presidente, que governou a Argentina entre 2019 e 2023, prometeu apresentar provas para contestar as acusações.
As alegações de Yañez incluem episódios de violência física ocorridos na residência oficial da presidência argentina, a Quinta de Olivos. Ela afirma que as agressões foram constantes durante o mandato de Fernández, mas só vieram à tona recentemente. Imagens de hematomas no braço e no rosto de Yañez foram divulgadas pelo site Infobae, corroborando suas denúncias.
A Justiça argentina já tomou medidas, incluindo uma ordem de restrição para que Fernández não se aproxime de Yañez e a proibição de que ele deixe o país. Além disso, uma operação de busca e apreensão foi realizada no apartamento de Fernández, onde um celular foi confiscado. A investigação também está ligada a um caso de suposta corrupção durante a gestão de Fernández.
Mensagens trocadas entre Yañez e Fernández, reveladas pelo Infobae, mostram discussões acaloradas e acusações de agressão. Em uma das mensagens, Yañez menciona ter sido agredida por três dias seguidos, enquanto Fernández nega as acusações e afirma estar se sentindo mal. A expectativa é que Yañez preste depoimento em breve, dando continuidade ao processo judicial.