A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela rompeu as relações diplomáticas com o Peru. O rompimento foi uma resposta ao reconhecimento do opositor Edmundo González Urrutia como “presidente eleito” pelo governo peruano.

O Ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea , havia anunciado que seu governo reconhecia González como “o legítimo presidente eleito da Venezuela” e sustentou que Maduro é “uma pessoa que deseja perpetuar-se no poder através da ditadura”.

Para o governo venezuelano, a decisão do Peru foi uma afronta por considerar uma violação da sua soberania e um desrespeito ao “resultado oficial” das eleições no país.

#Anuncio El Gobierno de la República Bolivariana de Venezuela ha decidido romper relaciones diplomáticas con la República del Perú, sobre la base del Artículo 45 de la Convención de Viena sobre Relaciones Diplomáticas de 1961. Nos vemos obligados a tomar esta decisión luego de… — Yvan Gil (@yvangil) July 31, 2024

Yván Gil, chanceler venezuelano, expressou sua indignação por meio de uma publicação no X e afirmou que a decisão foi motivada pelas “declarações imprudentes” do chanceler peruano, que, segundo Gil, desconsideraram a vontade do povo venezuelano e a Constituição do país.

Já a Presidência do Peru justificou nas suas redes sociais que a decisão foi tomada devido à “impossibilidade de demonstrar de forma confiável a vitória eleitoral que lhe é atribuída, exibindo todas as atas com verificação internacional solicitadas por países e múltiplas organizações internacionais”.

Felicidades a Perú @J_GonzalezOFr, primer gobierno en reconocer a @EdmundoGU como Presidente Electo de #Venezuela. Es hora de que el resto de las democracias del Continente le sigan. pic.twitter.com/6tOfzSQ3Ec — Rosa María Payá A. (@RosaMariaPaya) July 30, 2024

Eleição

No domingo (28), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou o ditador Nicolás Maduro eleito com 51% dos votos, enquanto González obteve 44%. No entanto, o CNE não divulgou as atas que poderiam confirmar esses resultados.

Desde então, a oposição recolhe as atas recebidas por seus fiscais nas seções eleitorais onde tiveram acesso.