O procurador-geral da Venezuela , Tarek William Saab, divulgou nesta terça-feira (30) que cerca de 749 pessoas foram presas durante os protestos contra a reeleição do ditador Nicolás Maduro . As manifestações, realizadas nessa segunda-feira (29) em Caracas, capital do país, teve milhares de participantes, e também acarretou mortes e pessoas feridas.

Conforme o procurador-geral, entre os feridos estão policiais. “A quem se atreve a sugerir que ontem foram manifestações pacíficas, informo que em consequência da violência desencadeada por estes atos, 48 responsáveis, entre militares e polícias, ficaram feridos”, afirmou Tarek William.

O órgão ministerial também declarou que as pessoas que realizarem atos de violência em protestos contra Maduro serão presas. As ONGS que atuam no país divulgaram que quatro pessoas foram mortas durante as manifestações, além de outras 44 feridas.

Muitos venezuelanos protestam contra o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, que atestou a vitória do ditador Nicolás Maduro. Segundo autoridades de outros países, e observadores internacionais, os dados que comprovam a reeleição do sucessor de Hugo Chávez não foram divulgados pelo órgão, o que levantou indícios de vícios e ilegalidade na organização do pleito.

Diante da ação repressiva ante às manifestações, o opositor de Maduro, Edmundo González , prestou solidariedade aos feridos. “Lamentavelmente, nas últimas horas temos notícias de pessoas falecidas, dezenas de feridos e detidos. Instamos as forças de segurança a respeitar a vontade popular expressa em 28 de julho e deter a repressão de manifestações pacíficas”, publicou o diplomata.