A Rússia interceptou dois aviões bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos, modelo B-52, que sobrevoavam a Finlândia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os aviões-tanque saíram da Noruega, com destino ao Mar de Barents, localizado no Oceano Ártico.

Os B-52, apoiados por três aviões-tanque, estavam perto do espaço aéreo russo, e acabaram sendo interceptados por caças MiG-29 e MiG-31. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, a operação, que ocorreu a partir da região de Murmansk, aonteceu dentro das normas internacionais. Ainda segundo o ministérios, os B-52 retornaram.

“As tripulações dos caças russos identificaram o alvo aéreo como dois bombardeiros estratégicos B-52H da Força Aérea dos EUA. Quando os caças russos se aproximaram, os bombardeiros estratégicos dos EUA corrigiram o seu curso de voo, afastando-se e depois desviando-se da fronteira estatal russa", afirmou o Ministério da Defesa.

Até o momento o governo dos Estados Unidos não se manifestou sobre o ocorrido.

Momento de tensão

O incidente tem grande relevância, já que encontros do tipo ocorrem nos céus de regiões disputadas no mundo todo: da Síria a Taiwan, e do mar Negro ao do Sul da China.

Ações a partir da Noruega tinham de desviar do espaço aéreo do país nórdico. Agora, existem rotas mais diretas para enviar aviões rumo ao espaço aéreo russo.

Essas ações visam testar o tempo de reação dos rivais e ocorrem de todos os lados, inclusive são enviados aviões-espiões de diversos modelos para as zonas aéras desses países, buscando recolher informações. O envio recente desses aviões B-52 significa o treino de um ataque potencialmente nuclear contra a Rússia. Isso ocorre enquanto Moscou e Washington vivem um momento de tensão.