Na sexta-feira, 5 de abril, a polícia do Equador invadiu a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano, Jorge David Glas Espinal. Glas, que estava abrigado na embaixada desde dezembro de 2023, foi condenado duas vezes por corrupção no Equador.
O presidente mexicano, López Obrador, reagiu fortemente à ação, classificando-a como uma “flagrante violação do direito internacional e da soberania mexicana”. Ele instruiu a secretária de Relações Exteriores, Alicia Bárcena, a suspender imediatamente as relações diplomáticas com o Equador.
A tensão entre os dois países latino-americanos já estava alta, com uma série de provocações diplomáticas ocorrendo na semana anterior. Na quinta-feira, 4 de abril, a embaixadora mexicana em Quito, Raquel Serur Smeke, foi declarada “persona non grata” pelo Equador após críticas do presidente mexicano às recentes eleições equatorianas.
Obrador havia expressado preocupações sobre o segundo turno das eleições de 2023 no Equador, sugerindo que os candidatos presidenciais usaram a mídia e a violência a seu favor. O Ministério das Relações Exteriores do Equador respondeu, classificando os comentários de Obrador como “infelizes” e reiterando seu compromisso com a “dignidade e soberania do Estado do Equador”.
Por fim, na sexta-feira, 5 de abril, o Ministério das Relações Exteriores do México anunciou que havia decidido conceder asilo político a Glas. A ministra das Relações Exteriores do Equador criticou a decisão como uma “interferência nos assuntos internos” do país.