As eleições presidenciais na Venezuela já têm data marcada, conforme divulgado pelo Conselho Eleitoral Nacional do país nessa terça-feira (05). O pleito, que é controlado pelo ditador Nicolás Maduro , deixou a oposição de fora da corrida eleitoral, que se encerra no dia 28 de julho, data que marca o aniversário do ditador Hugo Chávez, que morreu em 2013.

Há 11 anos no poder, Nicolás Maduro não surpreende ao disputar, mais uma vez, a “reeleição”. Com a certeza da candidatura do ditador, a participação da ala política que faz oposição ao governo bolivariano ainda é incerta, isso porque uma das representantes mais críticas ao ditador, María Corina Machado , está inelegível.

Embora ela tenha ganhado com grande diferença as primárias da oposição em outubro, Maria Corina ficou inelegível após ser condenada por terrorismo pelo Supremo Tribunal da Venezuela, que é controlado por Maduro. Diante da determinação da Suprema Corte, ela não pode concorrer a cargos públicos por 15 anos. Aliada à decisão, a Controladoria-Geral do país também proibiu a candidatura de outros nomes da oposição, como Juan Guaidó e Henrique Capriles, após decisão tomada em junho de 2023.

Essas determinações acabaram descumprindo o acordo feito entre o regime ditatorial de Maduro e a oposição, que previa a realização de eleições no segundo semestre de 2024, com observadores internacionais, incluindo a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU). O critério de realizar eleições limpas era uma das premissas para que os Estados Unidos retirasse as sanções aplicadas ao setor petrolífero venezuelano, mas vendo os sinais de descumprimento ao acordo, o país norte-americano já reestabeleceu as sanções.