O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh , rennciou ao cargo nesta segunda-feira (26). Ele é membro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), um partido que foi formado há 30 anos e exerce uma governança limitada sobre partes da Cisjordânia ocupada. No entanto, a ANP perdeu o controle em Gaza após um conflito com o Hamas em 2007.

"Apresentei a demissão do governo ao presidente [do Estado Palestino, Mahmud Abbas] em 20 de fevereiro e a submeto hoje por escrito", afirmou Shtayyeh, antes de explicar que a decisão acontece "à luz dos fatos relacionados com a agressão contra a Faixa de Gaza e a escalada na Cisjordânia e Jerusalém".

Shtayyeh afirmou que, devido à nova realidade na região, Gaza precisará passar por uma nova fase de governo, levando-o a tomar a decisão de renunciar. Ele assumiu o cargo de primeiro-ministro palestino em 2019.

Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, o presidente do Estado Palestino tem sido criticado por sua "impotência" diante dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza e do aumento da violência na Cisjordânia ocupada.

Por cerca de 17 anos, a liderança palestina tem estado dividida entre a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

“[O novo momento] exigirá acordos governamentais e políticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, bem como a necessidade urgente de um consenso palestino”, afirmou Shtayyeh. Além disso, "é necessária a extensão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) sobre todo o território”.

Entretanto, a renúncia de Shtayyeh ainda precisa ser aceita por Abbas, que pode solicitar que ele permaneça como interino até que um substituto seja nomeado.