O Irã prendeu suspeitos de envolvimento em um ataque terrorista que matou pelo menos 89 pessoas em Kerman, segundo o ministro do Interior, Ahmad Vahidi. O ataque ocorreu durante uma cerimônia em homenagem ao quarto aniversário da morte do general Qassem Soleimani. Este é o ataque mais mortal no país desde a Revolução Iraniana de 1979, com o Estado Islâmico reivindicando a responsabilidade.
Vahidi afirmou que as agências de inteligência do país encontraram “pistas muito boas” sobre os envolvidos nas explosões e que uma parte dos responsáveis já foi presa. No entanto, ele não forneceu detalhes sobre a identidade dos suspeitos. O ataque ocorreu na quarta-feira, 3 de janeiro de 2024, durante uma cerimônia para lembrar Soleimani, um militar iraniano que foi assassinado em 2020 em um ataque dos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, no Iraque.
De acordo com a agência de notícias estatal Irna, duas explosões foram registradas em ruas que levam ao cemitério Golzar Shohada, onde Soleimani está enterrado. A primeira explosão ocorreu a 700 metros do túmulo do general, enquanto a segunda foi registrada a um quilômetro de distância. A operação que resultou na morte de Soleimani foi ordenada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
O Estado Islâmico, em uma nota, assumiu a responsabilidade pelos ataques. O grupo extremista detalhou que utilizou pessoas enroladas com bombas em meio à multidão para realizar o atentado. Este ataque é considerado o mais mortal no país desde a Revolução Iraniana de 1979.