Um ataque terrorista no Irã resultou na morte de pelo menos 103 pessoas e deixou outras 170 feridas nesta quarta-feira, 3 de janeiro. As explosões ocorreram em um cemitério próximo ao túmulo do general da Guarda Revolucionária, Qassem Soleimani, durante uma cerimônia de homenagem ao militar, que foi morto há quatro anos.

As vítimas estavam reunidas para prestar homenagens a Soleimani quando ocorreram as explosões. Segundo as autoridades iranianas, algumas pessoas ficaram feridas na tentativa de escapar do local após a primeira explosão. A segunda explosão ocorreu cerca de 15 minutos depois, uma tática frequentemente utilizada por terroristas com o objetivo de atingir as equipes de emergência que respondem ao primeiro ataque.

Attack inside Iran, near Qassem Sulaimani grave killed 76 people and injured 171 people, remember, today was the death anniversary of Qassem Soleimani. No one claim the attack yet, but 1S1S terrorists are the main suspects behind this attack, as only they have the capability of… pic.twitter.com/krwagcfWxo — Aqssss (@AqssssFajr) January 3, 2024

O vice-governador de Kerman, Rahman Jalali, onde ocorreram as explosões, classificou o incidente como um “ataque terrorista”. No entanto, Jalali não elaborou sobre quem poderia estar por trás do atentado. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.

O Irã enfrenta diversos inimigos, incluindo grupos exilados, organizações militares e atores estatais. O país está em constante alerta para possíveis ataques, e a segurança em eventos públicos e cerimônias é sempre reforçada.

O dia 4 de janeiro marca o aniversário da morte do general Soleimani, que é aclamado no país como um herói. Ele foi morto em um ataque aéreo de drone realizado pelos Estados Unidos no Iraque, em 2020. Na ocasião, o funeral de Soleimani foi marcado por um tumulto que resultou em vítimas. Pelo menos 56 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas à medida que milhares se aglomeravam na procissão.

Enquanto para o Irã o militar era considerado um herói, para os EUA ele representava um inimigo. O general teria ajudado a armar militantes com bombas de beira de estrada, matando e ferindo tropas norte-americanas.