O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) se mantém em silêncio sobre o veto de Nicolás Maduro , que fez com que a líder da oposição, María Corina Machado ficasse inelegível. Ela venceu as eleições primárias da Venezuela , realizada em outubro de 2023.

Sendo um aliado histórico do ditador venezuelano, Lula não defende a democracia quando o assunto envolve Maduro. Ao invés disso, em maio de 2023, o presidente do Brasil recebeu o ditador com honras de chefe de Estado. Na oportunidade, ele chegou a declarar que Nicolás Maduro precisava “construir a sua narrativa e virar esse jogo para que a gente possa vencer definitivamente, e a Venezuela voltar a ser um país soberano”.

A Controladoria de Justiça da Venezuela decidiu pela inelegibilidade da líder da oposição em 2015, na qual acusaram María Corina de não ter declarado os bens que recebeu como deputada. Ela foi proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos, e teve a pena aumentada quando defendeu as sanções dos Estados Unidos ao país.

Em acordo com os EUA para retirar sanções do petróleo venezuelano, Maduro se comprometer com um pleito limpo e justo, mas, três meses depois a Suprema Corte da Venezuela decidiu pela condenação da líder da oposição. Diante disso, María Corina declarou que o ditador venezuelano e “seu sistema criminoso” optaram pelas eleições fraudulentas.

Vale ressaltar que com a decisão, Corina não poderá disputar as eleições no segundo semestre de 2024. Durante entrevista ao jornal O Globo, a ex-candidata afirmou a importância de cobrar Lula e a comunidade internacional sobre o caso.