Dados do site Portata, pertencente à Fundação Francisco Manuel dos Santos, revelam que Portugal se tornou um dos países mais procurados por migrantes nos últimos anos. Segundo a pesquisa, o número de estrangeiros residentes na região quase duplicou em uma década.

Em 2010, o país tinha cerca de 448.083 migrantes, quantidade que subiu para 798.480 em 2022. Ou seja, o número de estrangeiros no país cresceu mais de 70%.

A maioria dos migrantes vem de países fora da União Europeia (UE), com o Brasil representando 29,3% do total. Pessoas do Reino Unido, Cabo Verde, Índia, Itália e Romênia também possuem grande presença na porcentagem.

Com o aumento das migrações, o número de pessoas naturalizadas em Portugal também cresceu. Nos últimos 15 anos, meio milhão de estrangeiros conseguiram a nacionalidade portuguesa, o que corresponde a uma média anual de 31 mil concessões.

Desafios

No entanto, os estrangeiros enfrentam dificuldades em Portugal, principalmente os que vêm de países subdesenvolvidos. O desemprego entre os migrantes não pertencentes à União Europeia é maior do que o dobro da média nacional. Além disso, eles ganham em média 94 euros a menos do que os portugueses.

Um a cada três estrangeiros vive em risco de pobreza, 11% a mais do que os portugueses. O problema afeta principalmente migrantes de países de terceiro mundo.