A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (01), Operação Êxodo, contra um grupo criminoso acusado de causar um rombo de R$ 2,4 milhões ao INSS no Estado do Maranhão. A quadrilha é composta por um advogado, dois servidores do INSS e um intermediador. Foram expedidos 13 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva e 9 de busca e apreensão nos municípios de Codó-MA e Marabá-PA.
Além dos mandados, consta também o sequestro de bens e veículos em nome dos investigados. Com relação aos dois servidores da autarquia previdenciária, que foram presos, também foi determinada a suspensão do exercício das funções públicas. As investigações iniciaram ainda em 2020 e levou a identificação do esquema criminoso.
Os investigados confeccionavam documentos falsos e inseriam os dados no sistema da autarquia previdenciária, com o objetivo de obter benefícios como aposentadoria por idade e pensão por morte para trabalhadores rurais. O prejuízo inicialmente identificado com a concessão dos benefícios aproxima-se de R$ 2,4 milhões.
A economia proporcionada com a futura suspensão dos benefícios, considerando-se a expectativa de sobrevida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), gira em torno de R$ 18 milhões.
Operação Êxodo
O nome da Operação é uma alusão ao deslocamento de um grupo de pessoas de sua terra natal para uma outra localidade. No decorrer da investigação verificou-se que muitos requerentes, embora residentes no Estado do Pará, requereram seus benefícios no Estado do Maranhão, diante das facilidades proporcionadas pelos indiciados para o deferimento de benefícios fraudulentos.
Crimes
Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema público, todos do Código Penal, e organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013).
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