O rendimento domiciliar per capita no Brasil apresenta uma disparidade superior a R$ 2 mil entre as unidades da federação, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ). O Maranhão registrou a menor renda per capita, com R$ 1 mil mensais, enquanto o Distrito Federal lidera o ranking, com R$ 3,4 mil.
A diferença expressiva significa que a renda domiciliar per capita do Maranhão equivale a apenas 31,3% da registrada no Distrito Federal, onde há uma grande concentração de servidores públicos com altos salários. No cenário nacional, o rendimento médio per capita foi de R$ 2 mil em 2024, representando um aumento nominal de 9,3% em relação a 2023, quando o valor era de R$ 1.893.
Os valores divulgados pelo IBGE são apresentados em termos nominais, sem ajuste pela inflação, evitando comparações diretas com anos anteriores. A renda per capita é calculada ao dividir o rendimento total dos domicílios pelo número de moradores, incluindo salários, aposentadorias e auxílios sociais.
Impacto na distribuição do FPE
As informações sobre a renda per capita têm impacto direto na distribuição do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), que busca equilibrar a capacidade fiscal das unidades federativas. A divulgação desses dados atende a uma exigência legal e fundamenta os cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU) para a divisão dos recursos.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE foi a base para a obtenção dos números apresentados. Em 2023, Maranhão e Distrito Federal já ocupavam as posições extremas do ranking, com rendas de R$ 945 e R$ 3.357, respectivamente.
Os últimos anos foram marcados pela recuperação do mercado de trabalho, o que contribuiu para a elevação da renda das famílias. Além disso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ampliou programas sociais, como o Bolsa Família, impulsionando os rendimentos domiciliares no país.